MULHERES MANIFESTAM PUBLICAMENTE CONTRA VIOLÊNCIA EM NAMPULA.
A Associação Moçambicana de Mulheres e Apoio a Raparigas – OPHENTA, em colaboração com outros coletivos de mulheres realizou uma manifestação pública em repúdio a actos de violência doméstica perpetrados por um militar afecto a Academia Militar Marechal Samora Machel de Nampula, que violenta ciclicamente a sua parceria de 22 anos de idade.
A sobrevivente é deslocada de Cabo Delgado devido aos ataques terroristas que vem acontecendo naquela província, local onde conheceu o militar agressor que a levou para Nampula com promessas de lhe amar e proteger.
A nossa equipa apurou da sobrevivente que chegando a Nampula não encontrou a tranquilidade prometida, o parcerio agridi-a fisicamente todos os dias, a humilha e encarcera-a em seu domicílio, violando assim a sua integridade física e o direito de ir e vir em segurança que todo ser humano devia gozar.
A OPHENTA tomou conhecimento deste caso durante o seu trabalho de sensibilização comunitárias para a prevenção e combate a violência baseada no Género no posto administrativo de Muatala, Unidade Comunal de Minicane.
A manifestação pública iniciou no unidade acima descrita, onde o casal reside, tendo seguido em marcha para a Academia Militar, local onde o agressor trabalha. Importa referir que que o caso foi igualmente denunciado na Primeira Esquadra da Cidade de Nampula.
Na conversa tida a portas fechadas com os representantes da Academia Militar, os mesmos garantiram que medidas serão tomadas para responsabilizar o seu membro pelos actos criminais cometidos.
A manifestação contou com a presença de mulheres, raparigas membros da Associação de Mulheres Viúvas, Associação de Mulheres com Deficiência, Associação de Mulheres Rurais, Associação de Mulheres Trabalhadoras Domésticas entre outras pertencentes aos clubes de mulheres de diferentes postos administrativos que se fizeram a rua para exigir justiça e chamar atenção a quem de direito, para que medidas sejam tomadas no sentido de responsabilizar-se criminalmente o violador e salguardar o direito das mulheres viverem uma vida livre de violência.
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