Literatura e Textos

Perfil de Género de Moçambique

Titulo: Perfil de Género de Moçambique. Propriedade: Ministério do Género, Criança e Acção Social.  Coordenação: Angelina  Lubrino, Sansão Buque,  Ernesto  Lipapa  (Ministério  do  Género,  Criança e Acçã o Social). Colaboradoras: Palmira  António  e  Febe  Gomes  (Ministério  do  Género,  Criança e Acçã o Social). Consultoras: Equipa da Altair Assesores e da  Human Dynamics. Arranjos  Gráficos e Impressão: LV PRODUÇÕES & SERVIÇOS. Tiragem: 94 Exemplares. Financiado: União Europeia.

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Além do econômico - Reflexôes sobre o significado do Xitique

Resumo: Neste artigo, por meio de uma revisão bibliográfica, discuto as definições atribuídas ao xitiki, conhecido como uma prática endógena de poupança e crédito rotativo (informal) bastante comum na cidade de Maputo, Moçambique. O objectivo deste artigo é mostrar como as definições e descrições existentes na bibliografia sobre este tipo de prática, não só em Moçambique mas um pouco por todo o mundo, são limitadoras e não dão conta dos significados articulados e das relações estabelecidas por estas práticas, que extrapolam a dimensão econômica.

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As Boas Meninas e as Feministas

Resumo: No tempo em que eu ainda era adolescente, uma das grandes virtudes das mulheres era não serem faladas. Numa espécie de passe de mágica, quanto menos se falasse de uma mulher, mais aumentava a sua fama (de “boa rapariga”). Não havia pior do que “estar na boca do mundo”. A discrição, o fazer-se pouco notada, era fundamental. Por isso é que, olhando para trás, para o caminho que percorri e, pensando nos meus compromissos actuais, me dá vontade de rir, porque nada podia ser mais contrário às estratégias que nós, como feministas e activistas dos direitos humanos das mulheres, defendemos. Achamos que é tempo de visibilizar e de expor a situação de discriminação e de desigualdade em que vive a maior parte das mulheres, como forma de sensibilizar a opinião pública e os que tomam decisões.

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Cartilha Economia Feminista

Resumo: A economia feminista passou a fazer parte das análises
e ações da SOF a partir da nossa relação com a Remte (Rede Latino-americana Mulheres Transformando a Economia) e da REF (Rede Economia e Feminismo). A visão de que é preciso transformar a economia, mudar o mundo e a vida das mulheres também é parte da construção da Marcha Mundial das Mulheres como um movimento permanente.
Com a economia feminista, aprendemos que a economia não pode ser apenas um assunto de especialistas, de fórmulas e números. A economia é parte da nossa experiência cotidiana de produção do viver, é nosso trabalho no mundo público, mas também nosso trabalho não remunerado no mundo privado.

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Circulo de Mulheres

Resumo: Porque TODOS os problemas de desrespeito, menos valia e dominação da mulher nasceram com ele.
No Matriarcado não eram as mulheres que “mandavam”, como algumas pessoas erradamente pensam. No Matriarcado, tudo girava em torno da Terra e da Natureza – mães criadoras e doadoras que permitem a vida e também propiciam a morte, porque os ciclos de vida-morte-renascimento são importantes para a renovação de tudo que há. Na cultura matriarcal as mulheres eram respeitadas como “vasos da Deusa” – aquelas que dão a vida, conhecem os ciclos e interagem com a lua, os elementos e a terra, para que tudo permaneça em equilíbrio.

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Declaração do Acampamento Solidário Internacional das Mulheres Feministas e dos Movimentos Sociais sobre Paz, Segurança e Empoderamento Econômico

Resumo: Este Acampamento foi organizado pelo Grupo de Mulheres de Partilha de Ideias de Sofala (GMPIS) junto com outras integrantes do movimento das mulheres da região centro como LeMuSiCa e Nafet. Estas organizações são parte também da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Contou com o apoio de outros parceiros como o Parlamento Juvenil e Anjos Terrestres. Os parceiros que apoiaram financeiramente este Acampamento foram a ONU-Mulheres, MISEREOR, a Friedrich Ebert Stiftung (FES) e o Consorzio Associazioni con il Mozambico (CAM).

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Linguagem e discriminação. As mulheres não são de confiança

Resumo: Dificilmente se pode negar hoje em dia que o sexismo se manifesta na linguagem e que, sob a forma aparentemente inofensiva de piadas, ditos jocosos e chistes, ajuda a reproduzir representações que reforçam a carga simbólica negativa associada à mulher e a tudo o que é feminino. No entanto, uma coisa é admitir este facto na teoria, outra coisa é passar à acção e criticar práticas concretas de linguagem, mesmo que se trate de algo tão público como os anúncios comerciais ou a escrita de alguns dos nossos jornalistas, tantas vezes insultuosa para as mulheres. No entanto, se mesmo assim alguém se atrever a dar voz a este sentimento, o mais provável é ser acusada de perfilhar os “exageros” que se atribuem ao movimento feminista internacional, também chamado de “ocidental”, para frisar bem que se trata de algo “exógeno” à nossa realidade.

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Manifesto do Mês da Mulher

Resumo: Nós, mulheres e homens, cidadás e cidadáos de pleno direto, queremos aporveitar esta ocasião para reafirmar o nosso compromisso com os direitos humanos e lametar que em Moçambique ainda se assiste a tanta impunidade dos crimes que atentam contra a integridade física e a dignidade das mulheres e crianças.

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“UMA MANEIRA DE PASSARMOS A CONVIVER”: DESCRIÇÃO DE UM XITIKI FAMILIAR NA CIDADE DE MAPUTO, MOÇAMBIQUE (2013-2015)*

Resumo: Neste artigo, apresento o xitiki, conhecido como uma prática endógena de poupança e crédito rotativo bastante comum na cidade de Maputo, Moçambique. De maneira a mostrar que esta é uma prática que vai além da sua característica econômica – bastante enfatizada em grande parte dos estudos existentes – descrevo de forma pormenorizada os encontros de um xitiki familiar, evidenciando os diferentes significados que as pessoas atribuem à prática e mostrando também como ele pode ser percebido como um meio de sociabilidade, em que é partilha da uma série de elementos que conectam os participantes uns aos outros, nome adamente o dinheiro, os afetos, a comida, as relações de vizinhança, informações diversas, conselhos e desabafos

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Quando éramos meninas novas

Resumo: Quando éramos meninas novas, a um dado passo de nossas vidas sempre sentíamos que por um motivo qualquer não éramos iguais aos nossos irmãos e só lentamente fomos entendendo porquê: Porque enquanto os homens tinham sido feitos para viver no mundo, as mulheres tinham sido feitas para servi-los e permitir-lhes uma vivência ainda mais tranquila.

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“XITIKI É COMPROMISSO”: OS SENTIDOS DE UMA PRÁTICA DE SOCIABILIDADE NA CIDADE DE MAPUTO, MOÇAMBIQUE

Resumo: A presente dissertação busca compreender os múltiplos sentidos atribuídos ao xitiki, prática de sociabilidade comum na cidade de Maputo, Moçambique. Através da observação dos encontros mensais de dois grupos de xitiki familiar e dos diferentes momentos que os compõem, assim como de entrevistas com mulheres xitikeiras, buscou-se entender como são construídas, fortalecidas e tencionadas as relações entre os participantes. O trabalho mostra que a definição do xitiki como uma forma de poupança e crédito rotativo não dá conta dos significados articulados e das relações estabelecidas pelo xitiki.

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