À 8 de Março de 1917 cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II.

Ao longo da história, outros acontecimentos recordam a luta das mulheres, que faziam e continuam fazendo longas jornadas de trabalho, recebiam e recebem salários muito baixos, sofriam e continuam a sofrer das mais diversas formas de violência baseada no género. Em Moçambique cresce onda de sequestro, abuso sexual, feminicídio e assassinatos de mulheres, nossas irmãs são barbaramente violentadas, violadas e mortas em acções de extremismo violento em Cabo Delgado.

Reafirmamos a missão continuar na luta pela nossa vida, por liberdade e autodeterminação. Este 8 de Marco de 2024 que hoje se assinala, é para nós uma ocasião para reflectir e re/desenhar, reforçar acção solidária para com todas as mulheres, raparigas e crianças ao redor do mundo vítimas e sobreviventes de diversas formas de hostilidade, guerra, violência baseada no género.

Neste contexto de ameaça aos direitos das mulheres e de fechamento do espaço cívico que vivemos, não limitamos a ação de luta às ruas, pois a resistência feminista inventou múltiplas formas para vincular a esfera pública à esfera privada.

Faremos deste dia um dia de revolta contra o patriarcado, o machismo, o genocídio e o colonialismo por todos os meios disponíveis, por meio de protestos e protestos, escreveremos nas mídias sociais, publicaremos informações, panfletos ou fotos com mensagens de solidariedade para com todas as mulheres moçambicanas e ao redor do mundo.

Seguiremos em marcha ate que todas sejamos livres!