A IDEIA DE QUE “SE NÃO FOR MINHA, NÃO É DE MAIS NINGUÉM” DEVE SER DESCONSTRUÍDO. A IDEIA DE QUE SE UMA MULHER ANDA SOZINHA A NOITE ESTA PEDINDO, DEVE SER DESCONSTRUÍDO.

Neste sexto dia da campanha dos 16 dias do activismo para a eliminação da violência praticada contra as mulheres e raparigas queremos apelar aos homens para que não nos violem e não nos matem.

Temos estado a assistir a um agravamento do crime de ódio contra as mulheres, o feminicídio.

O feminicídio representa a última etapa de um continuo de violência que leva a morte. Seu caracter violento evidencia a predominância de relações de género hierárquicas e desiguais, precedida por outros eventos tais como abusos físicos e psicológicos, que tentam submeter as mulheres à uma lógica de dominação masculina e a um padrão cultural de subordinação que foi aprendido ao longo de gerações.

Feminicídio é morte de mulheres pelo simples facto de sermos mulheres.
Mortes em contexto de violência doméstica, em contexto de crimes de guerra, das hostilidades ou extremismo violento.

As mortes de mulheres que temos estado a assistir têm carater intencional e cultural de uma sociedade patriarca, extremamente violenta, sexista e misógina. É consequência do ódio, negação, aversão, menosprezo, contra o feminino.

Enfrentar esta quantidade enorme de violência e morte de mulheres, não é apenas um assunto de mulheres. Não é um problema de polícia ou de Justiça é um assunto de saúde publica.

A violência baseada no género é uma grave violação dos direitos humanos.
Vamos todos e todas prevenir a violência contra mulheres e raparigas.