II Edição do Acampamento Juvenil Feminista.
Decorreu nos dias 25 e 26 de Maio na cidade de Nampula,e participado por 30 mulheres, o Acampamento Juvenil Feminista que é uma iniciativa da OPHENTA em parceria com o CESC-ALIDAS no âmbito do programa Women`s Voice and Leadership, uma iniciativa do Governo de Canadá, desenvolvida no quadro da Política Feminista de Assistência Internacional (FIAP), através da qual afirma o compromisso para com a promoção da igualdade de género, em Moçambique.
O acampamento é um espaço de formação da OPHENTA que não se resume às atividades assim denominadas, mas se explicita em uma postura de trabalho que compreende as próprias mulheres jovens como sujeitos de transformação de sua realidade.
O encontro tem como objetivo re/construir espaços alternativos para dinamizar o movimento feminista na cidade e província de Nampula.
Para o primeiro dia, as reflexões foram trazidas na prespectiva de reforçar o elemento sujeito político e auto-organização das mulheres como forma de enfrentamento das relações de puder e, igualmente para experimentar o desejo e a possibilidade de uma renovação das linguagens de resistência e reivindicação, de auto-organização e lutar enquanto mulheres jovens, de apropriar-se do feminismo e reinventá-lo;
Várias opiniões foram deixadas sobre o que cada uma das participantes percebe sobre o feminismo.
“As feministas não odeiam os homens e não querem ocupar o lugar deles, apenas querem que seus direitos sejam respeitados – disse Denardina Amisse colaboradora da OPHENTA.
Para Adelaide Marques coordenadora da AMDN ser feminista é ter empatia uma com a outra, é saber se colocar no lugar da outra e apoiar sempre que precisar.
A OPHENTA espera com o acampamento, influenciar uma geração que possa ser protagonista do movimento contra a violência, o capitalismo, o machismo, o patriarcado e o neocolonialismo, se expressa em uma grande diversidade de percursos de ação e organização, através das mobilizações de massa, das redes de informação, dos organismos de comunicação autônomos (jornais, rádios livres e sítios na Internet), da ação direta não violenta, da organização de coletivos independentes de partidos políticos, de juventudes dispostas a arriscar seus limites institucionais, das ações de educação popular, entre outras formas.